Introdução a Criptografia
A escrita cifrada é uma “mania” muito antiga. Foi só o homem inventar o alfabeto e começar a escrever que logo surgiu a vontade de escrever textos secretos. Os métodos ou códigos utilizados para criar uma mensagem cifrada evoluÃram lentamente. No inÃcio, havia poucas pessoas que sabiam escrever e pouca necessidade de esconder o conteúdo de qualquer mensagem.
“Cripto” vem do grego kryptós e significa oculto, envolto, escondido. Também do grego, graphos significa escrever, logos significa estudo, ciência e analysissignifica decomposição. DaÃ, CRIPTOLOGIA é o estudo da escrita cifrada e se ocupa com a CRIPTOGRAFIA, a escrita secreta, e a CRIPTOANÃLISE, a quebra do segredo.
Crianças e adultos gostam (ou precisam) de segredos. A lÃngua do pê (pêLem pêBra pêCo pêMo pêE pêRa pêLe pêGal?) é uma espécie de criptotografia falada, ou seja, som encriptado. É conhecida como criptolalia. A chave ou cifrante da lÃngua do pê é falar “pê” antes de qualquer sÃlaba. A origem do baile de máscaras foi a necessidade de esconder a própria identidade – neste caso, a chave é a fantasia e a máscara.
A criptologia, como ciência, existe há apenas 20 anos. Antes disso era considerada como arte. A International Association for Cryptologic Research (IACR) é a organização cientÃfica internacional que mantém a pesquisa nesta área.
Hoje em dia a criptografia voltou a ser muito utilizada devido à evolução dos meios de comunicação, à facilidade de acesso a estes meios e ao volume muito grande de mensagens enviadas. Telefone fixo e celular, fax, e-mail, etc. são amplamente utilizados e nem sempre os usuários querem que o conteúdo seja público. Devido a isto, a criptografia evoluÃu muito nos últimos tempos.
Para entender o que é feito hoje, o melhor é percorrer o caminho da evolução da criptografia. Se você não está pensando em se tornar um especialista no assunto, não tem problema. Esta abordagem é bastante divertida e agrada os leigos e principiantes.
A criptografia é a ciência de escrever mensagens que ninguém deveria poder ler, exceto o remetente e o destinatário. A criptoanálise é a ciência de “quebrar” o método utilizado, decifrar e ler estas mensagens cifradas.
As palavras, caracteres ou letras da mensagem original inteligÃvel constituem a Mensagem ou Texto Original, também chamado de Mensagem ou Texto Claro. As palavras, caracteres ou letras da mensagem cifrada são chamados de Texto Cifrado, Mensagem Cifrada ou Criptograma.
O processo de converter Texto Claro em Texto Cifrado é chamado de composição de cifra ou cifragem e o inverso é chamado de decifração. Curioso é que não existem no Português palavras como encifração, cifragem ou encriptação – existe apenas “compor cifras”. Mesmo assim, no decorrer do texto, vou utilizar os termos encriptação/cifragem com o significado de compor cifras.
Na prática, qualquer mensagem cifrada é o resultado da aplicação de um SISTEMA GERAL (ou algoritmo criptográfico), que é invariável, associado a uma CHAVE ESPECÃFICA, que pode ser variável. É óbvio que tanto o remetente quanto o destinatário precisam conhecer o sistema e a chave.
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
A criptologia se preocupa basicamente com a segurança de informações. A segurança da informação pode ser obtida várias formas, de acordo com a situação e as necessidades. Até recentemente, informações importantes eram escritas, autenticadas, armazenadas e transmitidas utilizando-se papel e tinta.
Com a chegada dos computadores, dos meios magnéticos de armazenamento e das telecomunicações, a possibilidade de se produzir milhares de documentos idênticos faz com que fique muito difÃcil (ou até mesmo impossÃvel) distinguir as cópias do original. A identificação, validação e autorização de um documento eletrônico exigem técnicas especiais. A criptografia é uma delas.
Mas não pense que a era da criptografia romântica, em forma de arte, tenha acabado. Ainda é a alegria de muitos aficcionados criar ou decifrar criptogramas usando técnicas antigas, originais ou modificadas. É a chamada criptografia de lápis e papel.
ORGANOGRAMA
Você vai cansar de ver este organograma. Ele é repetido em pontos estratégicos para que possamos nos situar em cada assunto abordado.
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